Dentre as possíveis abordagens cirúrgicas possíveis, a mais frequentemente realizada é a fistulotomia anal em um tempo.
Conforme já comentado, consiste na identificação, abertura e curetagem, ou raspagem do trajeto fistuloso.
Desta forma, um ferimento é mantido aberto na região externa do ânus, o quel cicatrizará “de fora para dentro”, num período variável conforme o tamanho da ferida, em geral entre um e três meses.
Há ainda a fistulotomia anal em dois tempos, procedimento semelhante ao primeiro, que difere num ponto essencial: após a identificação do trajeto, é passado um seton (ou sedenho), material flexível introduzido em toda a extensão do trajeto fistuloso, que é “amarrado”e deixado no local durante ao menos seis semanas após a cirurgia.
Optamos pela utilização do seton quando notamos que o trajeto envolve uma massa muscular mais volumosa, cuja abertura cirúrgica num tempo único poderia implicar em elevado risco de incontinência fecal após a cirurgia.
Nesses casos, o seton é deixado por um período de tempo suficiente para que promova uma “cicatrização” das extremidades dos esfíncteres anais imediatamente vizinhos ao trajeto fistuloso.
Desta forma, quando o mesmo for aberto num segundo tempo, ou seja, semanas depois, não se afastarão as extremidades musculares.
Desta forma, minimiza-se a possibilidade de incontinência fecal após a cirurgia. No entanto, mesmo com este cuidado, um percentual significativo de pacientes evoluirá com algum grau de incontinência, condição de difícil tratamento e que compromete muito a sua qualidade de vida.
É importante frisar que o risco de incontinência é maior nas mulheres, por terem canal anal mais curto, nas mulheres que tiveram partos normais, com ou sem episiotomia (um elevado percentual delas têm lesões esfincterianas anteriores, ou seja, da porção esfincteriana localizada entre o canal anal e a vagina – que podem ser assintomáticas por muitos anos) e nos trajetos anteriores em geral, já que o esfíncter é naturalmente mais curto nesta porção, especialmente nas mulheres.
Ou seja: há menos músculo nesta região. Todos estes fatores são levados em conta pelo cirurgião na escolha da técnica que será empregada. A avaliação pré-operatória adequada permite uma boa estimativa dos aspectos estruturais e funcionais nestes casos.
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